terça-feira, 30 de janeiro de 2018

SoLua (sobre Amelie)

Tem dia que eu sou toda lua
Iluminando meus pensamentos noturnos.

Tem dia que eu sou toda rua,
Me fazendo caminho, ajudando alguém com seus rumos.

Tem dia que eu sou toda crua
E assim seca de palavras e apuros,
Sem me refogar nos pensamentos mais puros,
Sem calcular meus próprios difíceis furos,
Acumulada de trejeitos duros.

Tem dia que eu sou toda sol
E parede nenhuma me barra,
Aqueço e faço derreter na marra
A pessoa que mais me agarra
E que, derretida, parece cantar como cigarra,
Sem parar até que acabe a farra,
Feito cantor de ópera que narra
A vida da donzela que dizia
Que tem dia que é Lua, e é Sol noutro dia.


                                                                                 Amelie.

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